Desde a primeira campanha nacional de vacinação de idosos contra a gripe, em 1999, cerca de 51 mil internações decorrentes de complicações da doença foram evitadas, segundo estimativa do Ministério da Saúde. Neste ano, a campanha acontece entre os dias 17 e 30 de abril em todos os postos de vacinação do país e pretende atender a dez milhões de brasileiros acima dos 60 anos.
Não existe restrição de idade para receber a vacina e as únicas contra-indicações são para mulheres grávidas e alérgicos à proteína do ovo, a mercurocromo ou mertiolate, que são componentes da vacina.
- O Programa Nacional de Imunização privilegia os idosos porque, além de serem mais vulneráveis ao contágio, neste grupo as manifestações da doença adquirem maior gravidade - explica o pneumologista Antonio Sérgio da Fonseca.
A vacina leva duas semanas para surtir efeito e, em 90% dos casos, reduz o risco de contrair a doença. Segundo Fonseca, o temor de reações e a idéia de que a pessoa vacinada desenvolve a doença logo após a imunização não tem fundamento, pois, apesar de serem capazes de desencadear a produção de anticorpos que imunizam contra a gripe, os vírus presentes na vacina estão mortos.
As pessoas imunizadas há menos de um ano também devem ser vacinadas.
- O vírus influenza é altamente mutável e, para dar conta de seus novos subtipos, que surgem cada vez mais virulentos e contagiosos, a dose precisa ser renovada anualmente - esclarece.
A vacina deste ano já protege contra o vírus Fujian, que causou pandemia nos Estados Unidos e chegou recentemente ao Brasil. (R.A.)
Repórter não informado
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