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Segurança no trânsito é o tema
do Dia Mundial de Saúde

Fonte: Estadão.com.br - 06.04.2004


BRASÍLIA - Todos os anos, o mundo registra 1,2 milhão de mortes no trânsito, o dobro do número de vítimas de homicídios. Esse total, por si só, explica por que a Organização Mundial de Saúde (OMS) escolheu a Segurança de Trânsito como tema do Dia Mundial de Saúde, celebrado nesta quarta-feira. A entidade sugere uma discussão mundial, com reuniões regulares entre governos para discutir as propostas.

No relatório que será divulgado, a OMS mostra que essa é a primeira causa de morte violenta, a segunda entre pessoas de 5 a 29 anos e a terceira na faixa de 30 a 44 anos. Além disso, 50 milhões de pessoas são feridas, muitas com graves seqüelas. Estima-se que prejuízos anuais cheguem a US$ 518 bilhões. O que equivale a dizer que cada país perde de 1% a 2% do produto interno bruto (PIB).

"Milhares de pessoas morrem nas estradas todos os dias. Não estamos falando sobre acaso ou ´acidentes´. Estamos falando sobre colisões. Os riscos podem ser compreendidos e prevenidos", escreveu o diretor-geral da OMS, Lee Jong-Wook, na apresentação do Dia Mundial de Saúde.

O relatório traz textos de vários chefes de Estado, entre eles o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirma que no Brasil 30 mil pessoas morrem por ano no trânsito. Do total, 44% têm de 20 a 39 anos e 82% são homens. Na mensagem, Lula diz que o governo vem concentrando esforços para adotar um programa de segurança, com campanhas educativas.

No estudo da OMS, a maior concentração de vítimas é registrada nos países em desenvolvimento, embora eles tenham frota menor que a dos desenvolvidos. O relatório, contudo, lembra que a violência ocorre de forma generalizada. Envolve motoristas, pedestres, passageiros de transporte coletivo, ciclistas e motociclistas. Entre os grupos mais vulneráveis estão crianças, idosos e pessoas com dificuldades de locomoção.

O relatório observa que, embora crescente, o problema ainda recebe atenção inadequada das autoridades, nacionais ou internacionais. Para a OMS, o trabalho ineficiente pode ser atribuído, em parte, ao fato de que governos não dispõem de um órgão específico para coordenar todas as atividades referentes à segurança. "A responsabilidade para tratar dos vários aspectos do problema - incluindo o modelo dos veículos, o traçado das vias e rodovias, a legislação e a fiscalização das normas de trânsito e o socorro às vítimas - é assumida por diferentes setores."

Para a OMS, é preciso que os governos se convençam de que a violência no trânsito pode ser evitada e investimentos sejam feitos para reduzir os riscos. A tarefa, reconhece, não é fácil para países em desenvolvimento, que necessitam buscar linhas de financiamento. Mas é um esforço necessário e urgente.

Repórter Lígia Formenti


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