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INSS rejeita a proposta do governo
e mantém greve

Fonte: Folha de S. Paulo - 05.05.2004


Enquanto os representantes dos policiais federais admitiram ontem que podem suspender a paralisação para voltar a negociar, o comando de greve do INSS decidiu rejeitar a proposta do governo, e os servidores do Incra prometem parar em 15 Estados.

Uma comissão de sindicalistas da PF procurou ontem o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP) e pediu que ele fosse um interlocutor entre os grevistas e o governo. O deputado aceitou, desde que a paralisação acabe.

"Caso a Polícia Federal resolva suspender a greve, me disponho a falar com o governo para reabrir as negociações. Agora, se a greve continuar, não tenho compromisso. Minha impressão é que as lideranças aceitaram a proposta e vão suspender a greve", disse.

De acordo com Francisco Garisto, presidente da Fenapef (Federação Nacional de Policiais Federais), os grevistas estão dispostos a suspender a paralisação por um tempo determinado se o Ministério da Justiça mostrar "boa vontade". Para a suspensão temporária, seria negociado, por exemplo, o fim do desconto dos dias parados, que anteontem atingiu, segundo o governo, 22% dos grevistas.

O ministério afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que sempre esteve disposto a voltar ao diálogo, desde que os manifestantes encerrem a greve. As negociações foram interrompidas em 14 de abril, quando os sindicalistas recusaram a proposta do governo de aumento de 17% e de discussão de um projeto de lei para reestruturação da carreira. Eles pedem reajustes de até 85%.

INSS e Incra

Representantes do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) afirmaram que não confiam na promessa de estudo de mudanças pois já teriam sido "traídos" no fim de 2003 pelo governo Lula.

Os grevistas fizeram 14 exigências que pedem até a revisão do plano de carreira. Do total, o governo informou que atenderia quatro e que fará uma comissão para analisar outros quatro.

No ano passado, ficou acertado um reajuste de 47,11%, e o governo elaborou uma medida provisória propondo alterações na carreira. Para receber os 47,11%, foi exigido que os servidores assinassem um termo de adesão aceitando as propostas que constavam na MP, que foi aprovada pelo Congresso no dia 1º de abril.

O problema é que, no termo de adesão, o governo também exigiu que os servidores que haviam entrado na Justiça para ter um aumento desistissem das ações. Os servidores não admitem desistir dos processos já ganhos e dos que ainda tramitam. A categoria é formada por 45 mil servidores. Segundo os grevistas, 75% estão parados. Para o governo, são 20%.

Ontem à noite, a Cnasi (Confederação Nacional dos Servidores do Incra) afirmou que funcionários de 15 das 29 superintendências no país já haviam aderido à paralisação. Eles pedem ampla reestruturação do órgão e a realização de concursos. A categoria é composta por 3.000 servidores.

Segundo a assessoria do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), hoje deve ser finalizado um plano de carreira para os servidores do órgão.


Repórteres: Eduardo Scolese e Luís Renato Strauss, em Brasília


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