E-mail para a Editora Início do Site Política de Privacidade Quem Somos Termo de Uso













 

 




Reforma da Previdência
sofre várias mudanças

Fonte: Jornal Estado de São Paulo - 11.07.2003


O deputado Roberto Brant (PFL-MG), presidente da comissão da Câmara encarregada de discutir a reforma da Previdência, está alarmado com as negociações que podem alterar a proposta original do governo. Para ele, será um erro fatal abrir para os futuros servidores públicos a possibilidade de receber de aposentadoria o valor integral de seus salários. "Se fizerem isso, estarão matando a reforma da Previdência. Não vai sobrar nada", disse Brant.

Ministro da Previdência no governo Fernando Henrique Cardoso, Brant avalia que os petistas estão constrangidos com a idéia de mudar o sistema de aposentadorias e por isso são tímidos na defesa da reforma . "Os líderes do governo e os deputados da base aliada não têm convicção profunda sobre a necessidade da reforma", criticou. "Então, toda vez que se acena com a possibilidade de reduzir a reforma a quase nada, é claro que eles aderem."

No Bom Dia Brasil, da TV Globo, Brant já havia dito que a mudança é retrocesso grave. "Com adoção das propostas vamos manter mais uma vez totalmente apartada a maioria dos brasileiros", avaliou.

Se depender da reação de alguns governadores, não será fácil para o Planalto convencer os Estados a abrirem mão do fim das aposentadorias integrais na reforma. Surpresos com o recuo do governo e contrariados por saber do fato pela imprensa, os governadores de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), e da Bahia, Paulo Souto (PFL), criticam qualquer acordo que mude pontos fundamentais da reforma. "Somos absolutamente contrários a mudanças que venham a alterar a estrutura básica da reforma", diz Jarbas. "As mudanças noticiadas ferem coisas essenciais e prejudicam muito a reforma", afirma Souto. Segundo ele, o recuo do governo "foi mais uma vitória das corporações fortes".

Os dois lembram que a reforma apresentada ao Congresso havia sido acordado entre o presidente e os 27 governadores. "Todos assumiram o compromisso mútuo de trabalhar pela aprovação do texto pactuado nessas reuniões", cobrou Jarbas.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) também advertiu para os riscos de mudar pontos básicos do texto. "A justiça social e a garantia do pagamento dos benefícios são grandes objetivos que não podem ser abandonados."


Repórter não informado



A matéria jornalística aqui reproduzida contém indicação de sua fonte original e, assim, não constitui violação aos Direitos Autorais dos seus proprietários. Para citar estas informações, use também a referência a fonte original.





© Direito do Idoso - 2003 | Todos os direitos reservados.
As informações contidas neste site podem ser reproduzidas mediante crédito.