Depois de receber a notícia de que o Estatuto do Idoso, votado anteontem simbolicamente no Senado, com o apoio da maioria dos parlamentares, havia sido aprovado, a aposentada Teresa do Carmo, de 77 anos, quase não dormiu de tanta ansiedade. Motivos não faltam para isso. De acordo com o Estatuto, atendimentos preferenciais no Sistema Único de Saúde, proibição aos planos de saúde de fazer reajuste e a opção de benefício de um salário mínimo para aqueles que têm 65 anos e não conseguem garantir a subsistência são algumas das conquistas.
Para a aposentada, que mora em Pirituba, na Zona Oeste, este último benefício, que atualmente paga um salário mínimo para pessoas acima de 67 anos, chegou em boa hora. "Com a aprovação do Estatuto, ninguém vai quebrar mais a cara como hoje." Segundo o deputado federal, Arnaldo Faria de Sá, mesmo o aposentado que tem ou não renda de familiares vai poder receber o salário mínimo. "O pessoal da previdência vai querer manter como esta hoje porque vão alegar gastos, mas temos de esperar a decisão do presidente, que acontece no próximo dia 27." No dia 21 de agosto, o projeto foi aprovado pelos deputados e passou a ser analisado pelos senadores.
Repórter Luciana Miranda
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